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Quarta-feira, 26 de Abril de 2006

index_r2_c2.jpgsize=4>Europa sob pressão - alterações climáticas no topo dos desafios ambientais

Os decisores políticos, as empresas e os cidadãos devem agir desde já face a uma série de questões ambientais ou pagarão mais tarde uma pesada factura
Os quatro anos mais quentes de que há registo foram 1998, 2002, 2003 e 2004. Dez por cento dos glaciares alpinos desapareceram durante o Verão de 2003. A este ritmo, três quartos dos glaciares suíços terão derretido em 2050. Segundo um novo relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), sediada em Copenhaga, a Europa não assistia a alterações climáticas desta magnitude há 5 000 anos.
O relatório 'The European environment - State and outlook 2005' ('O ambiente na Europa - Situação e perspectivas 2005') abrangendo 31 países, fornece uma avaliação do ambiente na Europa para os últimos 5 anos e salienta alguns desafios ambientais, entre os quais se contam as alterações climáticas. A biodiversidade, os ecossistemas marinhos, os recursos hídricos, os solos, a poluição atmosférica e a saúde constituem igualmente áreas de preocupação. Pela primeira vez, o relatório contém uma análise por país, apresentando indicadores de desempenho e comparações para todos os participantes: os 25 Estados-Membros da UE, a Bulgária, a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega, a Roménia, a Turquia e a Suíça.
Segundo este relatório, a temperatura média na Europa subiu 0.95 °C no século XX, um valor 35 % superior ao aumento médio global de 0.7 °C, e as temperaturas continuarão a aumentar. A UE reconheceu este problema e estabeleceu um limite para o aumento global da temperatura de 2 °C acima dos níveis pré-industriais.
'Se não adoptarmos medidas eficazes ao longo de várias décadas, o aquecimento global provocará o desaparecimento dos glaciares a norte e a expansão dos desertos a sul. A população poderá, de facto, vir a concentrar-se no centro do continente. Mesmo que consigamos manter o aquecimento global dentro do limite de 2 °C adoptado pela UE, viveremos em condições atmosféricas com que os seres humanos nunca se defrontaram. É necessário reduzir ainda mais as emissões', afirma Jacqueline McGlade, directora executiva da AEA.
O relatório afirma que a legislação europeia no domínio do ambiente tem produzido resultados positivos. Conseguimos despoluir as nossas águas e a nossa atmosfera, eliminámos gradualmente algumas substâncias que destroem a camada de ozono e duplicámos as taxas de reciclagem de resíduos. Temos também veículos menos poluentes. Sem as profundas melhorias proporcionadas pelos conversores catalíticos ao longo dos últimos vinte anos, os níveis de algumas emissões seriam dez vezes superiores aos que se registam actualmente. No entanto, segundo o relatório, estas medidas demoraram entre dez a vinte anos a produzir resultados visíveis.
Estas histórias de sucesso estão agora a ser ultrapassadas pelas alterações nos padrões de consumo pessoal. Os europeus vivem cada vez mais tempo e o número de pessoas que opta por viver sozinha tem vindo a aumentar, exercendo assim uma maior pressão sobre o território urbano. Entre 1990 e 2000, mais de 800 000 hectares do território europeu foram edificados. Trata-se de uma área correspondente ao triplo da superfície do Luxemburgo. Se esta tendência se mantiver, a área urbana europeia duplicará em pouco mais de um século. O relatório afirma que a gestão da expansão urbana desempenha um papel determinante na protecção dos nossos recursos naturais.
Hoje viajamos para locais cada vez mais longínquos e com maior frequência, consumindo os recursos naturais do planeta a um ritmo duas vezes superior à média mundial. Os transportes possuem a maior taxa de crescimento de emissões de gases com efeito de estufa e não se prevê uma alteração desta situação num futuro próximo. Por exemplo, prevê-se que o transporte aéreo duplique até 2030. Desta forma, a Europa imprime a sua pegada ecológica no resto do planeta, danificando o ambiente e esgotando os recursos naturais.
As sondagens Eurobarómetro indicam que mais de 70 por cento dos europeus desejam que os decisores políticos atribuam igual importância às políticas ambientais, económicas e sociais. O relatório salienta que, para tomarem estas opiniões em consideração, os decisores políticos terão de trabalhar em conjunto a nível europeu, nacional e local. Terão de integrar aspectos ambientais em vários sectores, tais como os transportes, a agricultura e a energia, e definir um quadro de acção para os cidadãos e para as empresas.
In AEA
publicado por saqv_ps às 20:13


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