size=4>Os carros pequenos foram proibidos nas estradas principais de Pequim há menos de uma década, porque os padrões da China eram os de as encher com automóveis modernos, grandes e lustrosos.
Hoje, a poluição, os engarrafamentos de tráfego e a dependência crescente do petróleo importado, forçaram uma alteração radical, que vai tornar a China um pioneiro, improvável, de alguns dos padrões mais apertados na eficiência de combustível no mundo e dos limites mais estritos das emissões.
Os políticos, preocupados com o futuro, estão conduzindo o utilizador - do segundo maior consumidor de petróleo do mundo - para um caminho muito diferente do campeão mundial do consumo, os USA, onde os impostos baixos e os padrões de estética conduziram a população ao hábito de viajar de automóvel, com veículos energeticamente ineficientes.
As medidas tomadas por Pequim não ajudarão a lidar com uma procura de petróleo esperada com uma expansão de 5 por cento, ou mais, nos próximos cinco anos (duas vezes a taxa dos E.U.), mas podem impedir que a cultura do grande-carro favoreça um crescimento mais rápido nas décadas seguintes.
A China queima tanta gasolina quanto o Japão, mas tem 10 vezes mais população. No entanto o transporte privado, admite-se agora, subirá aos 60 por cento em 2020 contra os 30 por cento actuais. Recorde-se que os políticos comunistas que definiram a indústria automóvel como um pilar da economia chinesa, sempre se mostraram indiferentes à destruição dos recursos naturais da China, colocando o crescimento económico acima dos interesses ambientais.
Porém, uma classe média crescente na China, exige agora um ar e ambiente mais limpos. Razão pela qual Pequim está incentivando o fabrico de carros de pequena cilindrada e impôs impostos sobre os automóveis mais potentes. Por outro lado, tem vindo a incentivar experiências com veículos a biofuel, hidrogénio e híbridos. Mas com a vendas de veículos a subirem 50 por cento este ano, os motores mais pequenos ainda terão dificuldades de afirmação.
A China tinha uns 24 milhões de carros na estrada nos finais de 2005, mas se o uso do carro aproximasse níveis dos USA, em 2031 este número poderia subir para mil milhões de veículos.
A gasolina custa aproximadamente $2.40 um galão, cerca de 50 centavos menos do que o preço médio nos Estados Unidos na última semana, mas metade do preço na Europa