Apesar de todas as críticas formuladas, a Conferência de Copenhaga não constituiu um fracasso. Esse erro de avaliação baseia-se nas expectativas em redor da cimeira. Mas não se podia esperar que, de um dia para o outro, a economia mundial adoptasse e consagrasse o princípio do desenvolvimento sustentável.

 

Contudo, Copenhaga permitiu avançar neste objectivo. De forma prudente e, sustentável foram colocados sobre o grande tabuleiro da política internacional os desafios que nos esperam no futuro. E o "clima" passou a estar na mira dos nossos governantes.

  

É verdade que não foi possível atingir um acordo ambicioso que agradasse todos. Especialmente às ONGs, mas Copenhaga revelou-se decisiva para traçar os novos rumos da economia mundial.

 

Em Dezembro, em Copenhaga, atingiu-se o que já se considera o maior marco político da questão climática. A adesão de Estados Unidos e China, com entendimentos comuns no sentido de diminuir as emissões de carbono. Os compromissos destes dois países, apesar de estarem longe de serem ousados, são extremamente positivos, pois até então esses dois maiores emissores de gases de efeito estufa não tinham assumido qualquer responsabilidade climática. Acresce ainda que países como Brasil, índia e África do Sul, também assumiram metas diante da sociedade internacional. E isso é um grande ganho para a causa climática, na medida em que esses países serão os que mais vão crescer nos próximos anos.

 

Por isso, podemos salientar que o Acordo de Copenhaga construi as bases para uma nova economia mundial, uma economia mais sustentável, trazendo o debate sobre o nosso futuro colectivo as nações que controlam as maiores emissões de gases de efeito estufa no mundo.

 

Tendo em vista esses comprometimentos, o Acordo traçou princípios e necessidades, e assinalou três grandes pilares para a economia no Pós-Copenhaga:

  1. Avaliação de Impactos Climáticos
  2. Obrigações de Redução de Emissões.
  3. Incentivos Públicos (nomeadamente fiscais).

A Economia no Pós-Copenhaga irá reservar novos desafios para as organizações, que devem estar atentas às formas de enquadrarem seus produtos e serviços ao desenvolvimento sustentável. Mas de Copenhaga resulta também que as grandes potencias mundias (entre as quais a União Europeia) deixam de poder jogar a geopolítica internacional como estavam habituadas.