O desenvolvimento rápido dos animais para consumo está a ameaçar a diversidade dos animais de quinta, sendo de salientar que tem desaparecido uma raça por mês nos últimos sete anos, avisou o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Num relatório publicado a FAO assinala que a criação industrial de animais com vista ao consumo humano tem por base um «leque muito restrito de raças» e que a necessidade mundial de carne, leite e ovos «provocou uma forte dependência em relação aos animais de rendimento elevado, que são reproduzidos intensivamente para uniformizar os produtos».
«O tempo escasseia para um quinto das raças de bovinos, caprinos, porcinos, equinos e aves de capoeira do mundo», avisou Alexander Muller, responsável da FAO, na apresentação do relatório.
E este quadro de «erosão genética em curso» é apenas parcial, porque os inventários de raças estão incompletos em numerosas partes do mundo, de acordo com a organização.
Segundo outra responsável da ONU, Irène Hoffmann, numerosas raças ameaçadas de extinção por serem menos produtivas «comportam traços únicos, como a resistência às doenças ou a tolerância às condições climáticas extremas».
O FAO destaca também que «a gestão eficaz da diversidade zoogenética é essencial para a segurança alimentar mundial, o desenvolvimento sustentável e os meios de existência de milhões de pessoas».
O documento do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação considera ainda que a perda de diversidade é mais acentuada nos países em desenvolvimento e exemplifica com o Vietname, onde a percentagem de porcos indígenas baixou de 72% do total de gado porcino em 1994 para os 26% em 2002.
Por seu lado, a introdução do carneiro «Dorper» no Quénia quase provocou o desaparecimento do carneiro da raça «Red Masai».
Lusa
Num relatório publicado a FAO assinala que a criação industrial de animais com vista ao consumo humano tem por base um «leque muito restrito de raças» e que a necessidade mundial de carne, leite e ovos «provocou uma forte dependência em relação aos animais de rendimento elevado, que são reproduzidos intensivamente para uniformizar os produtos».
«O tempo escasseia para um quinto das raças de bovinos, caprinos, porcinos, equinos e aves de capoeira do mundo», avisou Alexander Muller, responsável da FAO, na apresentação do relatório.
E este quadro de «erosão genética em curso» é apenas parcial, porque os inventários de raças estão incompletos em numerosas partes do mundo, de acordo com a organização.
Segundo outra responsável da ONU, Irène Hoffmann, numerosas raças ameaçadas de extinção por serem menos produtivas «comportam traços únicos, como a resistência às doenças ou a tolerância às condições climáticas extremas».
O FAO destaca também que «a gestão eficaz da diversidade zoogenética é essencial para a segurança alimentar mundial, o desenvolvimento sustentável e os meios de existência de milhões de pessoas».
O documento do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação considera ainda que a perda de diversidade é mais acentuada nos países em desenvolvimento e exemplifica com o Vietname, onde a percentagem de porcos indígenas baixou de 72% do total de gado porcino em 1994 para os 26% em 2002.
Por seu lado, a introdução do carneiro «Dorper» no Quénia quase provocou o desaparecimento do carneiro da raça «Red Masai».
Lusa