Numa resolução não vinculativa adoptada em Estrasburgo , no mês passado, os eurodeputados convidam os governos a endurecer o plano de conservação do atum vermelho, adoptado em Junho por um período de 15 anos.
Este plano, que pretende recuperar os stocks, principalmente, no Mediterrâneo, insere-se no âmbito dos esforços mundiais decididos em Janeiro no Japão pelas grandes nações pesqueiras.
O documento prevê uma redução de dez por cento a partir deste ano das quotas de pesca na União Europeia, a limitação das saídas para o mar a seis meses por ano e o aumento, a partir de 2008, do tamanho mínimo para as capturas de dez para 30 quilos, para dar aos atuns tempo para se reproduzirem.
O Parlamento pediu aos Estados que estabeleçam planos de pesca muito restritos para as campanhas anuais. O objectivo é garantir que o número de navios seja proporcional às quotas acordadas.
Mas Os Verdes europeus consideram estes esforços para preservar o atum vermelho insuficientes. Como é possível reduzir as capturas se nós continuamos a ter mais barcos e com maior capacidade? Todos os indícios mostram que a situação dos stocks está bem abaixo das previsões mais optimistas. Alguns dizem que já passámos o ponto de não-retorno, comentou um dos eurodeputados ecologistas, o espanhol Raul Romeva.
A resolução do Parlamento Europeu surgiu quando se realizava na Turquia a reunião anual da Comissão Internacional de Conservação dos Atunídeos do Atlântico, que reúne a União Europeia e cerca de 40 países. Na reunião foram fixadas as quotas de pesca dos países membros.
in Público