É histórico que grandes invenções estão associadas a conceitos simples, para os quais alguém olhou numa nova prespectiva, não raramente, motivada por outras necessidades.
Há cerca de duas semanas fomos surpreendidos pela divulgação de um incêndio numa encosta da serra da Estrela em pleno Inverno, embora não chovesse havia já alguns dias sendo o seu alastramento provocado por um vento forte. No resto do país porém, o vento era praticamente calmo. Estávamos perante um fenómeno local. O dia estava lindo por todo o lado; a temperatura à superfície (nível médio do mar) rondaria os 20º. Mas, a mil metros? Certamente entre os 0 e os 5º graus! Esta diferença térmica terá provocado um movimento convectivo do ar pela encosta da serra, da base para o cume (o ar mais quente sobe), favorecendo a propagação do fogo.
O esforço dos nossos dias em obter energias por fonte renovável terá provocado outro olhar sobre esta interpretação clássica do fenómeno meteorológico, vendo nele agora um produtor de energia. Como?
O anteprojecto baseia-se numa torre com 1Km de altura, dupla da do Empire State Building, situada no centro de uma coroa circular - inscrita por uma circunferência com 2,5 Km de raio transformada em estufa com cobertura em vidro inquebrável, de inclinação suave do centro para a periferia.
Esta estufa condiciona a dinâmica do ar aquecido no seu interior, obrigando-o a passar no seu movimento ascendente, com uma velocidade de entre 35 a 50Km/h, através de 32 turbinas situadas 40m acima do solo, gerando energia com uma potência de pico de 200 Mega watts.
O diâmetro da torre, cerca de 180m, facilitará a sua estabilidade e robustez. Cabos sob tensão serão ligados interiormente à componente metálica da estrutura tal como os raios da roda de uma bicicleta limitando a flexibilidade e torção desta quando exposta a ventos fortes.
Não há dúvida que funciona! eficiente, segura e simples. Em 1982 o professor Jörg Schlaichs de Stuttgart, Alemanha, construiu um protótipo com 200m de altura produzindo 50Kw, perto de Manzanares, Espanha. Hoje o projecto é proposto para Neds Corner, junto ao rio Murray a noroeste de Victoria, Australia.
O custo, cerca de 480 milhões de euros (95 milhões de contos), é comparável ao de uma unidade geradora termoeléctrica de 200Mw, 350 milhões de euros (70 milhões de contos) uma vez internalizados os custos ambientais.
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Há cerca de duas semanas fomos surpreendidos pela divulgação de um incêndio numa encosta da serra da Estrela em pleno Inverno, embora não chovesse havia já alguns dias sendo o seu alastramento provocado por um vento forte. No resto do país porém, o vento era praticamente calmo. Estávamos perante um fenómeno local. O dia estava lindo por todo o lado; a temperatura à superfície (nível médio do mar) rondaria os 20º. Mas, a mil metros? Certamente entre os 0 e os 5º graus! Esta diferença térmica terá provocado um movimento convectivo do ar pela encosta da serra, da base para o cume (o ar mais quente sobe), favorecendo a propagação do fogo.
O esforço dos nossos dias em obter energias por fonte renovável terá provocado outro olhar sobre esta interpretação clássica do fenómeno meteorológico, vendo nele agora um produtor de energia. Como?

Esta estufa condiciona a dinâmica do ar aquecido no seu interior, obrigando-o a passar no seu movimento ascendente, com uma velocidade de entre 35 a 50Km/h, através de 32 turbinas situadas 40m acima do solo, gerando energia com uma potência de pico de 200 Mega watts.

Não há dúvida que funciona! eficiente, segura e simples. Em 1982 o professor Jörg Schlaichs de Stuttgart, Alemanha, construiu um protótipo com 200m de altura produzindo 50Kw, perto de Manzanares, Espanha. Hoje o projecto é proposto para Neds Corner, junto ao rio Murray a noroeste de Victoria, Australia.
O custo, cerca de 480 milhões de euros (95 milhões de contos), é comparável ao de uma unidade geradora termoeléctrica de 200Mw, 350 milhões de euros (70 milhões de contos) uma vez internalizados os custos ambientais.
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