Este Blog pretende ser também um traço de união entre quem sente, interpreta e decide o Ambiente e a Qualidade de Vida.
Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2006

skyscraper.jpgsize=4>O facto de a Suécia anunciar a sua determinação em se tornar o primeiro país do mundo independente do petróleo em 2020, fundamentalmente através de fontes renováveis, constitui sem dúvida um motivo de esperança e em simultâneo de desafio.

Esperança por ser possível concretizar um sonho que hoje, além das vantagens financeiras que acarreta, traz também consigo contrapartidas ambientais e de verdadeira independência nacional. Talvez alguns agora percebam porque é que algumas instituições, tradicionalmente tão arreigadas à independência nacional, nunca sobre este tema se pronunciaram, ainda que com uma simples abordagem ou prospectiva. Para elas, nunca foi de facto importante essa causa mas tão só, em nome dela, chorudos negócios e respectivas contrapartidas.

Esperança de sustentabilidade ambiental, eliminando o risco de aquecimento global e melhorando níveis de poluição (e ruído) nos centros urbanos.

Esperança de um desenvolvimento económico independente de recursos energéticos limitados e onde os derivados do petróleo, desde o plástico aos perfumes, conseguem vida praticamente ilimitada.

Esperança na obtenção de economias consideráveis nas importações de crude, hoje a 60 dollars por barril amanhã talvez a 160... No caso português, e a preços de 2005, perspectivar-se-ia uma economia de 5.000 milhões de euros (1bilião de contos) aproximadamente 1,6 vezes o défice anual máximo permitido pelo tratado de Maastricht.

Desafio a toda a comunidade internacional que vive o século XXI para que seguindo este percurso exemplar se afirme, confiante na sua auto produção, não entregando nas mãos de ditadores do século XII, a sua auto estima e dignidade.

Desafio às economias emergentes da China e Índia para optarem por alternativas limpas, potencialmente inesgotáveis, fazendo a Europa e os EUA entenderem que o desenvolvimento do sudeste asiático não implica recessão económica sistemática no mundo ocidental.

Desafio à investigação e ao desenvolvimento de novas tecnologias de produção de energias renováveis e de reciclagem e reutilização de materiais.

Desafio ao estabelecimento de um novo paradigma de paz universal, onde o motor do desenvolvimento não seja pertença de alguns mas que possa chegar a todos em qualquer lugar, por mais recôndito, do planeta.

Com a Suécia na ponta da lança a nossa geração pode esperar que as gerações futuras, quando nos apontarem o erro de uma produção de crude exagerada, nos reconheçam também a capacidade de ter reconvertido essa realidade numa alternativa duradoura, que sustentou, sem sobressaltos, as gerações vindouras.
publicado por saqv_ps às 09:09


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