
A evolução da energia libertada pelo Sol não parece ter tido consequências nas alterações climáticas do planeta, pelo menos, desde o século XVII e provavelmente não virão a ter nos próximos milénios, revela um estudo publicado na edição da revista britânica Nature .
A luminosidade do Sol, ou a energia que liberta, aumenta ou diminui pouco menos de 0,1 por cento, segundo o ciclo das manchas solares.
Remontando, por extrapolação, aos períodos deste ciclo até ao ano 1000, os investigadores concluíram que as variações foram muito fracas para explicar as alterações do clima na Terra.
No conjunto, não podemos encontrar provas de variações da luminosidade do Sol de uma amplitude suficiente para causar variações climáticas significativas a uma escala de cem, mil ou mesmo um milhão de anos, escrevem os autores do estudo, realizado por uma equipa que trabalha em institutos americano, suíço e alemão.
Durante o último século, a acção do homem ultrapassou, de longe, as alterações da luminosidade do Sol no que diz respeito às alterações climáticas, explicou um dos cientistas, Tom Wigley, do Centro Nacional para a Investigação Atmosférica (NCAR).
As reconstituições da evolução do clima desde o século XVII mostram uma nítida aceleração do sobre-aquecimento no último século.