
Os Estados Unidos juntaram-se, depois de quatro dias de intensas discussões em Bruxelas, aos outros países para adoptar o diagnóstico alarmante sobre o sobre-aquecimento e a suas potenciais consequências, no âmbito do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas).
Uma das conclusões fundamentais deste documento é que os cientistas assistem e medem já hoje os impactes do sobre-aquecimento (...) no conjunto de todo o ecossistema e em actividades humanas como a agricultura, em todo o mundo, salientou Sharon Hays, responsável pela delegação norte-americana nas discussões de Bruxelas.
As alterações climáticas representam um desafio mundial que precisa de soluções internacionais, acrescentou.
O Presidente George W. Bush, cujo país consome um quarto da energia mundial e produz cerca de 30 por cento dos gases com efeito de estufa, recusou em 2001 ratificar o Protocolo de Quioto.
Nas discussões em Bruxelas, os Estados Unidos pediram e conseguiram a eliminação de um parágrafo indicando que a América do Norte deverá ser confrontada localmente com graves prejuízos económicos e perturbações substanciais no seu sistema sócio-económico e cultural, segundo um observador nas negociações.
Sabemos que as nossas sociedades deverão e poderão minimizar o impacte das alterações climáticas através da adaptação, continuou Hays, reconhecendo que nem todos os países têm as mesmas capacidades para o fazer.
Este relatório insiste no que o Presidente (Bush) tem dito há algum tempo sobre a gravidade deste desafio e da necessidade de apresentar uma resposta, declarou hoje James Connaughton, principal responsável pelas questões ambientais na Casa Branca.