... originado pela poluição vinda de Espanha.
A denúncia foi feita pela associação ambientalista Quercus, que fotografou um troço do rio no distrito de Castelo Branco. Na foto vê-se o manto verde originado pelo "aumento de nutrientes associado à redução do caudal e à subida da temperatura que deram origem a uma multiplicação descontrolada de algas [...] e outras plantas aquáticas".
Segundo a Quercus este fenómeno "provoca diversos efeitos nocivos", designadamente a diminuição da a concentração de oxigénio, que pode levar várias espécies a desaparecer.
Os ambientalistas apontam o dedo à "falta de monitorização em Espanha", uma vez que, segundo a Confederação Hidrológica Espanhola, "só têm informação sobre a qualidade da água de 2,17% do total das águas superficiais do Tejo". Já no ano passado tinha sido detectado algo semelhante em Abril e Setembro. Porém, este ano, o problema agravou-se ao longo de 50 km de rio.
A Quercus lamenta que as questões de qualidade da água tenham ficado "fora da Convenção de Albufeira", assinada pelos Governos de Lisboa e de Madrid. E critica "o atraso" de Portugal e Espanha "na definição de medidas técnicas, jurídicas, administrativas relativas ao controlo da poluição de ambos os lados da fronteira". A Directiva-Quadro da Água indica que todas as massas de água devem atingir "o bom estado ecológico" até 2015.
Fonte: Expresso