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Segunda-feira, 23 de Julho de 2007

texteis_china.jpgA poluição do ar, água e solos na China é um foco de doenças, provoca tumultos sociais e diminui o crescimento económico, para além de prejudicar a imagem do país enquanto exportador, disseram responsáveis da OCDE.

Um estudo de 18 meses sobre a situação ambiental na China concluiu que a poluição está a provocar «danos significantes na saúde humana» que terão impacto nos resultados económicos do país, segundo Mario Amano, vice-secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Lorents Lorentsen, director ambiental da organização com sede em Paris, referiu que a poluição diminuiu a produtividade, agravou os custos com cuidados médicos e provocou agitação social no país asiático.

«Se houver um grave poluição do ar, solo e água, a saúde das pessoas é afectada, o que significa que poderão ficar doentes, assim como as crianças», disse Lorents durante a apresentação do relatório em Pequim.

«O impacto na produtividade, os custos de saúde e os tumultos sociais não são bons para a economia», acrescentou.

O documento da OCDE cita ainda um relatório do Banco Mundial dizendo que em 2020 a poluição causará 600 mil mortes prematuras nas zonas urbanas da China e provocará problemas de respiração a 20 milhões de pessoas por ano.

Segundo os cálculos do Banco Mundial, que Pequim contesta, 190 milhões de pessoas estão doentes e mais de 30 mil crianças morrem por ano devido a diarreias provocadas pela poluição da água.

O custo total na saúde humana, diz ainda o relatório, será equivalente a 13% do Produto Interno Bruto do país.

As contas do governo chinês referentes a 2004, as últimas divulgadas, dizem que a poluição retirou ao país 511,8 mil milhões de renminbi (50 mil milhões de euros) em perdas económicas, três por cento do total.

Para a OCDE, o cenário ambiental da China ameaça também a imagem do país enquanto exportador, sendo que em Junho os Estados Unidos impuseram mesmo restrições às importações chinesas de marisco.

«Se o país tiver reputação de poluidor, então terá uma má imagem no exterior. É muito difícil um país poluído vender fármacos e produtos alimentares», disse Lorensten.

A OCDE aconselhou ainda Pequim a ser mais transparente sobre os impactos da poluição na saúde e a promover maior democracia ambiental e a participação da sociedade civil através da acção de Organizações Não-Governamentais, por exemplo.

As falhas ao nível da eficiência e a pouca informação disponível «limitam a capacidade de prevenção e acção das autoridades e cidadãos chineses», diz o relatório.

No início de Julho, o jornal britânico Financial Times noticiou pressões do governo chinês sobre o Banco Mundial para eliminar parte de um relatório que mostrava que 750 mil chineses morrem prematuramente todos os anos devido à poluição.

A pressão chinesa levou à eliminação de um terço da investigação, intitulada «Custos da Poluição na China», com Pequim a argumentar que o conteúdo poderia provocar em agitação social.

Os conselheiros da equipa de investigação disseram ao jornal londrino que a China censurou ainda um mapa detalhado que mostrava as cidades com maior incidência de casos mortais.

Lusa
publicado por saqv_ps às 08:02


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