
Ferreira de Oliveira afirmou aos jornalistas, à saída da sessão de apresentação da estratégia da Galp Energia para os biocombustíveis, que o projecto da petrolífera vai avançar "baseado na importação de oleaginosas".
No entanto, afirmou que a empresa está já a desenvolver contratos de fornecimento de longo prazo de matérias-primas para o biodiesel e está disponível para promover projectos agrícolas para produção de óleos.
"Desde que nos ofereçam cereais a preços competitivos, estamos disponíveis para os transformar", afirmou o presidente executivo, que durante a sessão de apresentação manifestou o objectivo da Galp Energia estar presente em toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, desde a produção da matéria-prima, à produção de bio-componentes e finalmente, à fase da distribuição e comercialização.
Para a produção anual das 500 mil toneladas de biocombustível, que a Galp Energia se propõe atingir até 2010, precisa de uma área agrícola de 400 mil hectares, dependendo da oleagionosa em questão.
O biodiesel de segunda geração, que a Galp vai começar a produzir nas refinarias do Porto e, depois, em Sines, pode ser produzido a partir de qualquer óleo vegetal. A Galp Energia anunciou um investimento de 225 milhões de euros na adaptação e posterior 'up grade' dos sistema da refinaria do Porto, que lhe permitirá produzir 200 mil toneladas anuais de biodiesel de segunda geração.
O investimento diz ainda respeito à criação de uma unidade na refinaria de Sines, que elevará a produção de biodiesel da Galp Energia até às 500 mil toneladas anuais até 2010, correspondentes a dois terços da meta nacional definida pelo Governo.
O biodiesel de segunda geração é um combustível renovável, capaz de reduzir em 75 por cento as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.
(in DN)