A propósito do sismo que vitimou o Haiti (Ayiti em crioulo haitiano), um dos países mais pobres do mundo e que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, nas Caraíbas,deixamos algumas informações sobre este "fenómeno físico resultante da libertação súbita de grande quantidade de energia, que se foi acumulando em determinada região da crosta terrestre, durante um certo intervalo de tempo e que provoca vibrações que se transmitem a uma extensa área circundante".
Em Portugal, a entidade responsável pela vigilância sísmica é o Instituto de Meteorologia, IP que disponibiliza a sismicidade semanal, publica boletins sísmicos mensais e o anuário sismológico. Dado o número elevado de estações sísmicas instaladas no nosso território, é possível localizar actualmente, os epicentros com uma boa precisão.
Os dados disponibilizados pelo Instituto de Meteorologia demonstram que a actividade sísmica no território português resulta de fenómenos localizados na fronteira entre as placas euro-asiática e africana (sismicidade interplaca) e de fenómenos localizados no interior da placa euro-asiática (sismicidade intraplaca).
No contexto da “tectónica de placas” (teoria geológica que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera terrestre), Portugal situa-se na placa euro-asiática, limitada a sul pela falha Açores-Gibraltar, que corresponde à fronteira entre as placas euro-asiática e africana e, a oeste pela falha dorsal do oceano Atlântico.
De um modo geral, podemos salientar que o movimento das placas caracteriza-se pelo deslocamento para norte da placa africana e pelo movimento divergente de direcção este-oeste na dorsal atlântica.
http://www.meteo.pt/pt/sismologia/actividade/